Chocou-me a forma como o Bloco de Esquerda se “infiltrou” na manifestação das freguesias que trouxe a Lisboa centenas de cidadãos realmente preocupados com o futuro das suas freguesias, potencialmente mal informados, talvez, mas que acima de tudo estavam pouco interessados em ver a sua causa assumir uma cor, com a qual a maioria nem sequer se identifica.
Chocou-me a forma como, ainda hoje, o Partido Comunista Português se juntou a uma manifestação de utentes do SNS, que protestavam contra o aumento das taxas moderadoras, pouco conscientes das necessidades de reestruturação da nossa segurança social.
Atravessamos tempos muito complicados. Por um lado, por culpa nossa, Portugueses, porque os nossos dirigentes políticos não souberam aproveitar as condições favoráveis que nos foram disponibilizadas pela UE ao longo deste último quarto de século. Por outro lado, por culpa dos tempos -- o envelhecimento da população, o aumento da esperança média de vida, o crescimento dos custos de saúde -- que no seu conjunto fazem com que uma menor percentagem da população esteja a contribuir para a sustentação da restante. Pouco haverá a fazer para remediar estes problemas, a não ser implementar medidas estruturais. Políticas de aumento de natalidade e de estímulo à imigração têm sido levadas a cabo um pouco por toda a Europa, com resultados que tardam em surgir.
É por isso altura de tomarmos consciência de que nada poderá ser com foi até hoje. É responsabilidade de todos, mas em particular dos partidos políticos, fazer com que a população compreenda que esta é a hora de tentar reverter a curva de insustentabilidade que tem sido prosseguida. No entanto, assiste-se a um aproveitamento irresponsável dos partidos na oposição. Tais tipos de aproveitamentos sempre existiram e não são exclusivos da actual oposição, mas tornam-se imorais nesta altura.
O futuro do nosso país não pode ser posto em risco por quezílias que nada contribuem para a sua melhoria. É crucial que esqueçamos as guerras políticas do dia-a-dia e nos centremos em remar na mesma direcção. Temos a responsabilidade de o fazer, por nós, por Portugal!
Com os melhores cumprimentos,
Valter Roldão.
Juventude Social Democrata do Bombarral |
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