Regresso da JSD ao Bombarral

O regresso da JSD ao Bombarral é para nós um enorme desafio que acarreta muita responsabilidade, mas é com ambição que o aceitamos, pois queremos desenvolver o debate político e a participação entre os jovens do Bombarral. Viva a Juventude!

sábado, 29 de outubro de 2011

Só uma pergunta.


Ricardo Albuquerque
Vice-Presidente da Direcção da JSD Bombarral


Século XVIII, James Watt inventava o motor a vapor e Richard Trevithick construía a primeira locomotiva - dá-se um novo fôlego à Revolução Industrial e à Comunicação.
Durante os dois séculos que passaram, pessoas, bens e mercadorias eram transportadas sobre linhas férreas que o homem forjou, instalou e reparou, ano após ano, década após década. Se pensarmos bem é útil que haja obras de requalificação em qualquer tipo de construção, é sinal de uso, proveito e ajuda à economia. Novamente, se pensarmos bem, é útil que haja pessoas, bens e mercadorias a fragilizar o metal, desgastando-o minuto após minuto, hora após hora, dia após dia.
Lembro-me de estórias sobre as quão frenéticas eram as viagens dos nossos avós quando se deslocavam a Santa Apolónia para apanhar o comboio em direcção ao Norte do país, comboio esse que teimava em querer fugir no tempo que o Homem teima em tentar parar. Viagens intermináveis no interior de uma carruagem desprovida das mordomias de hoje, bancos individuais, W.C., mesas de apoio, indicadores electrónicos, vozes robóticas a anunciarem as estações e, acima de tudo, desprovidas das condições que nos foram sendo impostas no século que passou – modernização de algumas linhas, modernização das máquinas, estações centrais megalómanas. Eram raros os que se queixavam. Era um momento em que podiam partilhar alegrias, desafogos emocionais e na chegada ao destino havia sempre alguém para os receber de braços abertos – vem-me agora à ideia o tão célebre Vasco Santana com flores para as tias mecenas que lhe pagavam os estudos.
Vindo o Vasquinho à memória, vêm também outras memórias pessoais. Percorri a linha do Oeste durante um ano lectivo inteiro sentido Figueira da Foz, destino Caldas da Rainha. Eram momentos dantescos quando às 6 horas da manhã, sob um frio de rachar partilhava risos com amigos e colegas, lá isso eram, mas havia algo que me confortava sempre. Ia numa viagem em direcção à cultura, educação, em direcção ao meu futuro. Era uma viagem custosa mas era uma viagem numa bela máquina.
Agora, que futuro nos reservam quando há planos para acabarem com 794 km de linha férrea em Portugal? Espera-nos o automóvel ou o autocarro, mas duvido que a bicicleta entre nesta equação, duvido porque os 127 km entre Louriçal e Torres Vedras seriam demasiado árduos de pedalar, quer fizesse sol quer fizesse chuva, seria demasiado idiota. Se James Watt achou que poderiam existir máquinas grandiosas que pudessem ajudar o ser humano a ser mais feliz, porquê regredir e obrigar o Homem a expor-se aos elementos desta maneira? Crise, ao que nos obrigas!
Esperemos que o sentido prático não se sobreponha ao sentido útil de um bem adquirido há 200 anos – há invenções que ficam fora de mão mas dizer que ficam fora de moda é errado, há sempre quem precise delas.
Já o meu bisavô dizia que “há duas coisas que nunca poderão dar lucro num País e que os governantes têm que arranjar um forma de equilibrar a balança para as suportar, são elas a Saúde e os Comboios”. Os comboios já nos querem tirar, a Saúde… Isso fica para uma próxima.


Artigo Publicado in "Notícias do Bombarral", edição de 24 de Outubro.
Juventude Social Democrata do Bombarral

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

JSD Bombarral marcou presença na Assembleia da República em encontro das Secções do Distrito de Leiria com os deputados eleitos pela Região.

JOVENS DO DISTRITO DE LEIRIA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


Pedro Pimpão recebe delegação de jovens do distrito de Leiria


Vários jovens do distrito de Leiria visitaram a Assembleia da República a convite do jovem deputado, Pedro Pimpão, eleito pelo círculo eleitoral de Leiria, nas listas do PSD.
No início desta visita ao Parlamento, os jovens foram ainda recebidos pelos deputados eleitos por Leiria, Fernando Marques, Paulo Baptista, Conceição Pereira, Laura Esperança e Valter Ribeiro e realizaram uma visita guiada aos espaços mais relevantes do Palácio de São Bento. Para terminar a visita, estiveram com a Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Dra Teresa Morais e assistiram a uma sessão plenária, onde tiveram oportunidade de acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos da ordem do dia.
No decurso desta visita, os jovens estiveram ainda com os deputados da JSD Duarte Marques, Bruno Coimbra, Cláudia Aguiar, Joana Lopes, Hugo Soares e Simão Ribeiro, bem como, reuniram com o deputado Pedro Pimpão com quem partilharam alguns dos problemas vividos no distrito de Leiria e discutiram algumas soluções para a superação dos mesmos.
Estiveram presentes jovens vindos dos concelhos do Bombarral ( Nicole Paulo, Manuel Carvalho, Ricardo Albuquerque, Ricardo Venâncio e Valter Roldão), Caldas da Rainha, Alcobaça, Batalha, Marinha Grande, Leiria, Pombal, Ansião, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos.
No final desta iniciativa, o deputado Pedro Pimpão agradeceu a presença dos cerca de 28 jovens do distrito de Leiria e realçou a importância de se manter esta relação de proximidade entre os eleitos e os eleitores, de forma a melhorar o desempenho do mandato de deputado, disponibilizando-se, ainda, para aprofundar os laços existentes com o movimento juvenil do distrito de Leiria.




sábado, 8 de outubro de 2011

As PME’s e a Produção Nacional como bandeiras de uma mudança necessária no Bombarral e no País!


Manuel J. M.S. Carvalho
Secretário Geral JSD Bombarral

“(...)Nobre Povo, Nação valente e imortal,
Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal,
Entre as brumas da memória ,
Oh pátria sente-se a voz(...)que há de guiar à vitória.
(...)ás armas!, contra os canhões marchar, marchar!”

Nestes tempos difíceis que se avizinham, haverão mudanças drásticas em diversos sectores da nossa economia que se irão refletir socialmente no quotidiano das populações. A solidariedade, a união e o empreendorismo poderão ser grandes defesas para os anos vindouros. É preciso mudar mentalidades pois é urgente alterar hábitos e costumes. Hoje, mais do que nunca, Portugal precisa ter um povo patriótico, unido e corajoso, pois só assim o “barco” se manterá à tona.
            Grande parte da nossa população local gravita à volta de pequenas e médias empresas, como é fácil de constatar: eletricistas, talhantes, empregados de balcão, comerciantes, agricultores, etc.
Mas para podermos ter uma economia sustentada há sacrifícios que temos de começar a fazer, nomeadamente comprar produtos NACIONAIS e preferir o pequeno e médio comerciante. Se todos nós formos ao mercado comprar os vegetais e ao talho comprar a carne, o que estamos a fazer? O dinheiro que nós portugueses ganhamos, fica em Portugal. Desta forma é possível desenvolver a economia e o estado financeiro e social do país. É certo que para isso é preciso articular a ida a grandes superfícies comerciais com o pequeno e médio comércio. Pensemos no seguinte: Os preços dos produtos vendidos por pequenos comerciantes é, por vezes, elevado. Um dos factores que condiciona esta situação deve-se ao facto destes terem menos clientela. Por exemplo, se um determinado talho local tiver mais clientes, terá uma maior liquidez para baixar um pouco a sua margem, e o mesmo se aplica quando se compra no mercado, pois está-se a comprar diretamente ao produtor, em vez de se estar a incentivar uma prática comercial algo desequilibrada entre o retalhista, que compra ao pequeno agricultor a preços mais baixos e depois os vende com margens maiores, e o pequeno agricultor não tem como negociar pois por vezes é a única forma de conseguir escoar os seus produtos, e nos dias que correm, devido a factores como a globalização ou a falta de Mercados ou Empresas que laborem nesta atividade, a concorrência neste sector é por vezes desleal. Ora, com base nesta análise, caminhamos para uma política de proximidade entre os empresários, comerciantes e consumidores, uma vez que passa a existir uma troca mútua de prestação de atividades. Hipoteticamente podemos pensar no caso do talhante que se desloca ao mercado para comprar produtos agrícolas para o seu próprio consumo, e o vendedor do mercado irá deslocar-se ao respectivo talho para comprar carne. Com isto incentiva-se o consumo de produtos locais, desenvolve-se o comércio local e o dinheiro fica no Bombarral.
            Como Bombarralense não consigo terminar sem fazer uma análise do que foi e do que são hoje as lojas de pronto a vestir, as chamadas “lojas dos trezentos”, entre outras no nosso Concelho. As lojas asiáticas invadiram o nosso país, e como lá está, o nosso concelho e o nosso mercado. É preciso dizer que o povo asiático que veio para Portugal não pode ser alvo de descriminação, pois não nos podemos esquecer que fomos e que ainda somos um país com uma raiz fortemente migratória, mas não posso deixar de perguntar, que postos de trabalho criam estes comerciantes? A que empresas compram estes senhores os produtos que vendem? Pois é, os produtos vêm da China, grande parte desses produtos são trabalhados por pessoas em condições desumanas, e é nisso mesmo que temos que pensar...Como podem os empresários portugueses competir quando pagam salários mais elevados, e os trabalhadores laboram 8 horas de trabalhado diário? Das duas uma, ou mudamos a nossa mentalidade, fazemos um pouco mais de sacrifício (que é a curto-prazo, porque em termos macroeconómicos será fulcral para relançar Portugal numa nova rota) e nos voltamos para o que é Nacional, ou então temos que começar a pensar em alterar a lei laboral de forma a que as empresas nacionais possam ser tão competitivas como as asiáticas. Como preferimos? Julgo que a primeira solução é a mais correta.
            Com esta atitude patriótica e inteligente estamos a contribuir para o desenvolvimento do pais, apoiando as pequenas e medias empresas que são o motor da nossa economia e o maior empregador nacional; estamos a fazer com que o nosso dinheiro seja aplicado para desenvolver a nossa nação e com isto se possam criar mais postos de trabalho e contribuir para que os que já existem se consigam manter. É certo que este é um processo que trará os seus resultados a médio/longo-prazo, mas penso que é este o caminho que tem que ser seguido. Aliás, hoje Portugal vive uma terrível situação económica e financeira devido à falta de uma política pensada a médio/longo-prazo. Com o desenvolvimento interno do nosso mercado, dos nossos serviços, da nossa sustentação económica, poderemos encontrar forma de nos virarmos para a exportação com a vitalidade que hoje não possuímos. Acredito que todos Juntos poderemos contribuir para um melhor futuro em Portugal e um Portugal com futuro! É pelas bases que se ultrapassam as crises e com este tipo de mudanças estamos a contribuir para  o aumento da produtividade portuguesa, e se produzirmos mais, se formos mais fortes economicamente, mais forte serão as empresas, mais capacidade remuneratória terão os empresário, e maior poder de compra terão os trabalhadores! Não posso terminar sem lembrar a força do nosso hino, àquilo que já fomos, àquilo que já conquistámos, à força que nos fez avançar, quando partimos à descoberta do Mundo e sempre que nos encontrámos em situações de tremenda dificuldade ao longo da nossa história, unimo-nos e ultrapassámos as dificuldades. Vamos voltar a acreditar em nós mesmos, porque Juntos podemos fazer a diferença!