Regresso da JSD ao Bombarral

O regresso da JSD ao Bombarral é para nós um enorme desafio que acarreta muita responsabilidade, mas é com ambição que o aceitamos, pois queremos desenvolver o debate político e a participação entre os jovens do Bombarral. Viva a Juventude!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O País precisa de transparência, de responsabilidade e principalmente, de um rumo!

“O IVA no gás natural e na electricidade vai passar da taxa mínima para a taxa mais elevada, 23%. O anúncio foi feito esta manhã pelo Ministro das Finanças.
O IVA no gás natural e na electricidade vai passar para 23% já no último trimestre de 2011, mas o Governo espera que as famílias mais carenciadas possam ser ajudadas com a tarifa social.
Jurgen Kroeger, representante da Comissão Europeia, disse que a troika esperava mais trabalho do Governo português do lado da despesa.”
Fonte: Sol.


Aumento para 23% No gás natural e na electricidade? O que virá a seguir?

Não é só a TROIKA que espera ver este Governo cortar na despesa, são os portugueses, e principalmente os contribuintes, que pagam as asneiras de mais de 25 anos de sucessivas governações desastrosas.
É certo que toda a gente sabia antes das eleições que o futuro Governo de Portugal teria uma missão espinhosa pela frente, que iria ser impopular por algumas medidas que teria que tomar. O actual Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho levou parte da sua campanha eleitoral (que eu também apoiei) afirmando que iria ser no emagrecimento do despesismo do Estado que a tónica da política do Futuro Governo de Portugal se acentuaria. Passaram-se dois meses, e a pergunta que qualquer português faz, seja militante do PSD (como eu), simpatizante do Partido, ou mero cidadão eleitor que decidiu dar o seu voto de confiança ao actual Primeiro-Ministro é: Onde estão os cortes com a Despesa? Nesta altura do campeonato sou obrigado a dar razão a muitas vozes da nossa sociedade civil, porque também eu não me revejo no actual caminho que o Governo está a percorrer.
Para quando virá para cima da mesa a medida que propunha a redução do número de deputados de máximo para o número mínimo permitido? Não teríamos assim menos mas melhores deputados? Onde está a concertação das bancadas parlamentares nesse sentido? E que tal diminuírem os gastos com os altos quadros da Administração Pública? E da Defesa? E da Educação? Etc.
Assisti há dias a uma entrevista do Sr. Ministro da Administração Interna, dizendo que as forças policiais têm que fazer cortes no uso da televisão ou lavagem das viaturas, para poupar nos gastos. Confesso que me deu vontade de rir. Que país é este que pede para que as polícias deixem os automóveis à chuva para serem lavados? Se calhar o que é preciso é alguém de coragem para cortar nos salários absurdos (e outras regalias) que determinados oficiais das nossas forças policiais auferem sem contribuírem com o seu trabalho para tal.
Assisti também a uma declaração de uma das pessoas que mais prezo no PSD, embora nada tenha a ver com o Governo, o Dr. Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Faro, afirmando que as portagens da A22 eram, afinal, necessárias. Aqui não tive vontade de rir, mas de chorar. Então o Sr. Presidente, há uns meses atrás, aquando do executivo do Eng. José Sócrates quase que se deitou “no alcatrão” da auto-estrada contra a instalação das portagens na dita A22, porque não havia alternativa para os automobilistas e cidadãos do Algarve porque a estrada nacional não era alternativa viável, porque era um entrave para as empresas da região, de um momento para o outro passa a concordar com a instalação das mesmas?
Recentemente vem o Ministro da Economia revelar um aumento brutal nos transportes já a partir de Setembro, aproveitando também para referir que haverá novo aumento acompanhando a inflação já em Janeiro. Considero uma violência para quem não tem outro meio para se deslocar a Lisboa para trabalhar, diariamente.
Em relação às privatizações, com as quais concordo, apelo contudo ao correcto funcionamento de entidades de regulação.
Quanto a mim, o maior “cancro” da máquina do Estado está nas Empresas Públicas, Institutos Públicos e nas Autarquias Locais, e é aqui que deve incidir o maior controlo com os gastos públicos.
Com tudo isto, ainda oiço dirigentes do Governo e alguns deputados a apelar ao aumento da competitividade das empresas, investimento das mesmas e aumento da poupança para as famílias.
Pergunto: Como?

Tenho fé na pessoa do Dr. Pedro Passos Coelho, mas venho neste sentido alertar para que comece de facto a realizar cortes significativos e estruturantes na Máquina do Estado e a traçar um caminho para além do cumprimento do memorando da Troika, porque Portugal precisa de um rumo, e mais do que isso, porque os portugueses estão a perder a paciência, pois se votaram no PSD e no CDS nas Legislativas de Junho, foi porque acreditavam que a Direita podia seguir um caminho diferente daquele que o Partido Socialista seguiu nos 6 anos em que Governou. Cabe a vós, Governo, provar que mereceram a confiança do Eleitorado!
 Quanto aos deputados, deixo apenas um apelo àqueles que “por vezes não fazem o trabalho de casa”, para que se desloquem aos distritos por onde foram eleitos e acompanhem o dia-a-dia da população, talvez assim sintam as dificuldades que os cidadãos enfrentam no dia-a-dia, para que os possam representar condignamente na Assembleia da República, e justificarem os salários que auferem.

Votos de um feliz mandato para todos os deputados e para o Governo, com o desejo que consigam, de facto, ser “diferentes” e encontrem um rumo para Portugal!
Quanto a mim, estarei disponível para ajudar sempre que me identificar com as políticas seguidas, e para alertar para aquelas em que considere serem demasiado penalizadoras para a população e para o país.

Cumprimentos,

Ricardo Venâncio.